Podemos afirrmar que São Paulo está desatualizada, em
relação a outras metrópoles do mundo, na implementação
de Projetos Urbanos.A cidade de Buenos Aires, nosso
exemplo mais próximo, já equacionou Puerto Madero,
que apresenta um espaço público de grande qualidade,
recuperando uma área anteriormente esvaziada e que
hoje atrai visitantes e capitais internacionais, em que
pese a crítica de falta de integração com a cidade.
Mas quem ganha e quem perde nestes projetos? Como
eles são implementados? Em que medida os arranjos
institucionais têm impacto na qualidade do design e na
criação de um meio ambiente sustentável? Quantos
empregos são criados? E para quem? Estas são as
questões que as comunidades política, econômica e
arquitetônica de São Paulo precisam responder para
formular uma nova política urbanística e uma estratégia
de implementação de projetos urbanos com um design de
alta qualidade que se integre ao tecido da cidade.
Muitas das histórias de sucesso na regeneração de
grandes áreas urbanas – como zonas portuárias, terminais
de transporte ou áreas industriais obsoletos - sugerem
que um alto nível de investimento e gestão públicos são
necessários para que efetivamente funcionem. No Brasil,
entretanto, é a iniciativa privada que investe a partir da
baixa capacidade pública de investimentos. No entanto,
uma perspectiva de longa duração é um pré-requisito
fundamental para um planejamento sustentável, em
oposição ao retorno de curto prazo de qualquer
investimento comercial. Na cidade de Washington, por
exemplo, a Corporação para o Desenvolvimento da
Avenida Pensilvânia trabalhou com o horizonte de 25
anos.O estabelecimento de uma entidade administrativa,
com uma sólida base pública bem como representação do
setor privado, que gerencie o projeto de sua concepção
até a entrega fi nal é fundamental para a promoção do
desenvolvimento econômico e a atração de novas
atividades.
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